Se você é apaixonado por história, cultura e belas paisagens, a visita ao Museu do Automóvel da Estrada Real é uma experiência imperdível. Localizado em um cenário encantador, o museu abriga uma coleção impressionante com mais de 90 carros históricos raros, todos muito bem conservados e exibidos com cuidado e carinho.
Instalado no charmoso vilarejo de Bichinho, distrito de Prados (MG), o espaço oferece uma verdadeira viagem no tempo sobre rodas. Entre ladeiras de pedra, ateliês de arte e o ar bucólico do interior mineiro, o museu surpreende visitantes de todas as idades com sua atmosfera nostálgica e educativa.
Um pouco sobre Bichinho e Prados
Bichinho, oficialmente chamado Vitoriano Veloso, é um vilarejo encantador que pertence ao município de Prados, em Minas Gerais. Apesar de pequeno, Bichinho é um destino cheio de personalidade, muito procurado por quem visita Tiradentes, já que está localizado a apenas 7 km da cidade histórica. O trajeto entre os dois lugares é uma atração à parte, com belas paisagens, ateliês de artesanato e lojinhas à beira da estrada.
A região tem raízes profundas na história do Brasil colonial, com destaque para o ciclo do ouro e a influência do movimento barroco. Prados, assim como Tiradentes e outras cidades do entorno, preserva tradições culturais fortes, como a produção artesanal, a música sacra e o artesanato em madeira — atividades que ainda movimentam a economia local.
O clima em Bichinho é agradável na maior parte do ano, com temperaturas amenas e aquele céu azul típico das cidades do interior mineiro. A atmosfera pacata, as ruas de pedra e a hospitalidade dos moradores tornam o vilarejo um cenário perfeito para um passeio de um dia, recheado de cultura, história e boas surpresas.
O que é o Museu do Automóvel da Estrada Real
O Museu do Automóvel da Estrada Real é fruto da dedicação e da paixão de Rodrigo Cerqueira Moura, um entusiasta dos veículos antigos que construiu, ao longo das décadas, uma das coleções mais admiráveis do país. Rodrigo é o idealizador e fundador do espaço, que abriga hoje dezenas de exemplares históricos impecavelmente restaurados. Desde 1976, ele se dedica à aquisição e à recuperação de automóveis clássicos, em um trabalho que une conhecimento técnico, sensibilidade e profundo respeito pela memória automobilística.
A restauração dos veículos acontece na oficina particular do próprio Rodrigo, localizada no sítio onde o museu foi erguido, em meio às paisagens encantadoras de Bichinho, distrito de Prados, Minas Gerais. Ali, cada carro recebe atenção minuciosa para preservar sua originalidade e valor histórico, transformando o acervo em uma verdadeira viagem no tempo sobre quatro rodas.
A origem dessa coleção está diretamente ligada à tradição familiar. O gosto por carros antigos foi herdado de seu pai, Antônio Moura, carinhosamente conhecido como Toné, a quem o museu é dedicado. Foi com ele que Rodrigo desenvolveu o apreço por motores, peças clássicas e modelos que marcaram época. Os dois primeiros veículos adquiridos foram uma Mercedes-Benz 1951, que ainda hoje está em exposição, e um Jeep Willys 1951, marcos importantes na trajetória do museu.
Mais do que uma coleção particular, o Museu do Automóvel da Estrada Real representa um legado afetivo e cultural, que compartilha com o público a beleza, a complexidade e o valor histórico de automóveis que, em outros contextos, poderiam ter sido esquecidos pelo tempo. É um espaço vivo, pulsante, onde o passado ganha nova vida e permanece rodando — literalmente — pelas estradas da memória.
Destaques da coleção
Os veículos em exposição são hoje mais de 90 unidades restauradas e cerca de 10 em processo de restauração. Entre eles, modelos raros como o Renault Fregate 1953 e a pick up Tempo Matador, clássicos como o Austin Mini e o Citroen 2CV, os nacionais mais queridos como o Simca Chambord, o DKW Vemag e o Renault Dauphine e também modelos norte americanos de marcas extintas como Nash, Packard, Willys e Kaiser.
Os automóveis expostos no Museu impressionam não apenas pela raridade, mas também pelo excelente estado de conservação e fidelidade aos detalhes originais. Cada carro é mantido com extremo cuidado, preservando características de época que vão do design ao funcionamento mecânico.Todos os modelos da coleção estão em pleno funcionamento, o que demonstra o nível de dedicação envolvido na sua manutenção. Mais do que peças estáticas de exposição, esses automóveis continuam vivos — alguns, inclusive, já brilharam em filmes, novelas e séries de televisão, sendo emprestados para produções que exigem autenticidade histórica em suas cenas.
Dicas práticas para a visita
Se você está planejando conhecer o Museu do Automóvel da Estrada Real, aqui vão algumas informações úteis para aproveitar ao máximo a experiência:
Horário de funcionamento
O museu está aberto ao público todos os dias, das 9h às 18h, inclusive aos finais de semana e feriados. Isso facilita a visita tanto para quem está hospedado na região quanto para quem deseja fazer um bate-volta.
Como chegar ao museu
Saindo de Belo Horizonte:
O trajeto até Bichinho leva cerca de 3h30 a 4h de carro (aproximadamente 200 km), passando por cidades como Congonhas, São João del-Rei e Tiradentes. A estrada oferece belas paisagens e, apesar de alguns trechos sinuosos, é bem sinalizada. Use apps de navegação como Google Maps ou Waze e, se possível, opte por sair cedo para aproveitar bem o dia.
Saindo de Tiradentes:
O acesso é bem mais simples: são apenas 7 km de distância, por uma estrada charmosa e repleta de lojinhas e ateliês. A estrada de terra é bem conservada, e o trajeto pode ser feito de carro, bicicleta, moto ou até mesmo a pé por trilha (para os mais aventureiros).
Onde comer em Bichinho
Após a visita ao museu, vale a pena conhecer alguns dos restaurantes e cafés acolhedores da vila:
- Tragaluz Bistrô: cozinha mineira com toque contemporâneo e ambiente romântico.
- Restaurante Tempero da Ângela: comida caseira, feita no fogão a lenha, servida em um ambiente rústico e familiar.
- Café com Arte: ótimo para um lanche da tarde com quitandas, bolos e café passado na hora.
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Outras atrações próximas
Bichinho é um destino que vai além do museu. Aproveite para explorar:
- Ateliês de artesanato: a vila é um polo criativo com móveis rústicos, esculturas e peças decorativas produzidas por artistas locais.
- Igreja de Nossa Senhora da Penha de França: construção do século XVIII com vista encantadora do vilarejo.
- Lojas de arte e antiguidades: pequenos espaços com objetos únicos, perfeitos para quem gosta de garimpar peças especiais.
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Com essas dicas, sua visita ao Museu do Automóvel da Estrada Real se transforma em um passeio completo, cheio de cultura, boa comida e experiências autênticas no coração de Minas Gerais.
Por que vale a pena visitar
Visitar o Museu do Automóvel da Estrada Real é muito mais do que admirar carros antigos — é fazer uma verdadeira viagem no tempo, repleta de charme, história e descobertas culturais. Cada veículo exposto carrega memórias de uma época, representando avanços tecnológicos, mudanças de estilo de vida e transformações no modo como o mundo se movia.
O valor histórico e educativo da coleção é imenso. Além de despertar o interesse pela história do transporte, o museu estimula a curiosidade e o senso de preservação do patrimônio cultural. É um passeio que encanta tanto quem tem paixão por automóveis quanto quem busca experiências autênticas e enriquecedoras.
O espaço é bem estruturado e acessível, o que o torna uma excelente opção para todas as idades: famílias com crianças, casais em viagem romântica, grupos de amigos e até viajantes solitários em busca de novos horizontes. A atmosfera tranquila de Bichinho, somada ao acolhimento mineiro e à beleza do entorno, transforma a visita em um momento prazeroso, relaxante e memorável.
Seja como parte de um roteiro mais amplo pela Estrada Real ou como um destino único, o museu é uma parada obrigatória para quem deseja conhecer a história de forma viva, sensível e envolvente, em um dos vilarejos mais charmosos de Minas Gerais.
Transformando a visita em atividades lúdicas para crianças
Visitar o Museu do Automóvel da Estrada Real com crianças pode ser muito mais do que um simples passeio: pode se tornar uma experiência rica em aprendizado, descoberta e diversão. O ambiente do museu, repleto de cores, formas, histórias e curiosidades, é perfeito para despertar o interesse dos pequenos pela história, tecnologia e até pela arte de contar histórias.
Para ajudar pais e educadores a aproveitarem ao máximo esse potencial, reunimos aqui oito ideias de atividades lúdicas e educativas que podem ser feitas durante e depois da visita. São propostas simples, mas cheias de significado, que transformam o acervo do museu em uma verdadeira sala de aula ao ar livre.
1. Caça aos detalhes históricos
Atividade: Crie um jogo de “caça ao tesouro” com pistas relacionadas aos carros expostos.
Exemplos:
- “Encontre um carro que foi fabricado antes de 1950.”
- “Descubra qual veículo tem uma buzina diferente.”
- “Ache um carro com cor amarela.”
Objetivo: Estimular a observação atenta, o foco nos detalhes e o interesse por aspectos históricos e visuais dos veículos.
2. Linha do tempo dos carros
Atividade: Leve uma folha com uma linha do tempo em branco para a criança registrar os carros mais antigos e os mais modernos que encontrar. Ela pode escrever, desenhar ou colar adesivos com as datas aproximadas.
Objetivo: Ensinar noções de passagem do tempo, desenvolvimento tecnológico e organização cronológica.
3. Diário de viagem ilustrado
Atividade: Depois da visita, proponha que a criança desenhe os carros que mais gostou e registre (por escrito ou por ditado) algo que aprendeu sobre eles.
Objetivo: Trabalhar a memória afetiva, a expressão artística, a linguagem oral e escrita, promovendo a elaboração do que foi vivenciado.
4. “Se eu tivesse um carro antigo…”
Atividade: Convide a criança a escolher um carro do museu e inventar uma história com ele.
Sugestões de perguntas:
- “Para onde você viajaria com esse carro?”
- “Quem iria com você?”
- “O que levaria na mala?”
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Objetivo: Estimular a criatividade, a narrativa oral ou escrita e o desenvolvimento do pensamento imaginativo.
5. Oficina de miniaturas (em casa ou na escola)
Atividade: Use papel, papelão, massinha ou blocos de montar para criar miniaturas inspiradas nos carros vistos no museu.
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora fina, o reconhecimento de formas e partes dos veículos e a capacidade de reprodução criativa.
6. Comparando passado e presente
Atividade: Durante ou após a visita, converse com a criança sobre as diferenças entre os carros antigos e os atuais.
Sugestões de comparação:
- Tamanho do volante
- Formato dos faróis
- Tipos de combustível
- Presença (ou ausência) de cintos de segurança, ar-condicionado, GPS etc.
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Objetivo: Promover a reflexão sobre a evolução tecnológica, os hábitos de consumo e temas como sustentabilidade e segurança no trânsito.
7. Leitura complementar
Atividade: Antes ou depois da visita, leia com a criança livros ou assista a vídeos que falem sobre a história dos transportes.
Sugestões:
- Livro “A História dos Transportes” (diversos autores infantis)
- Vídeos educativos curtos no YouTube com linguagem acessível para crianças.
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Objetivo: Preparar o contexto da visita, ampliar o repertório cultural e reforçar os aprendizados de forma leve e divertida.
8. Fotografia com propósito
Atividade: Dê à criança uma câmera simples ou um celular para tirar fotos dos carros que mais chamarem sua atenção. Depois, montem juntos um mural, álbum ou colagem com as imagens.
Objetivo: Estimular o olhar estético, a criatividade e construir uma memória afetiva visual da visita.
Essas propostas tornam a visita ao Museu do Automóvel da Estrada Real uma oportunidade de ouro para promover aprendizados significativos por meio da brincadeira e da convivência. O que poderia ser apenas um passeio, se transforma em um momento educativo, criativo e inesquecível — para crianças e adultos.
Conclusão
Em um país tão rico em história, cultura e paisagens encantadoras como o Brasil, poucas experiências conseguem reunir, em um só lugar, patrimônio histórico, beleza cênica e emoção nostálgica como o Museu do Automóvel da Estrada Real, localizado no charmoso vilarejo de Bichinho, distrito de Prados, em Minas Gerais.
Ao longo deste artigo, você pôde conhecer os inúmeros motivos que fazem do museu um passeio imperdível. A começar pelo acervo impressionante de cerca de 90 veículos raros e históricos, todos cuidadosamente preservados em seu estado original e ainda em perfeito funcionamento. Carros que já fizeram parte da história da televisão e do cinema, e que agora estão ao alcance do público em uma exposição acessível, acolhedora e envolvente.
O museu não apenas encanta os apaixonados por automóveis, como também oferece uma rica oportunidade educativa para crianças e adultos, promovendo contato direto com a evolução tecnológica, os estilos de diferentes épocas e a memória viva do transporte. As atividades lúdicas que sugerimos ao longo do artigo tornam a visita ainda mais especial para os pequenos, transformando o passeio em uma experiência completa de aprendizado e diversão.
Além disso, o museu está inserido em um contexto geográfico e cultural privilegiado. Bichinho, com suas ruas de pedra, casinhas coloridas, ateliês de arte e clima acolhedor, é um destino que exala autenticidade e tranquilidade. A proximidade com Tiradentes e a facilidade de acesso a partir de Belo Horizonte fazem com que o passeio seja ideal tanto para quem busca uma escapada de fim de semana quanto para aqueles que desejam enriquecer o roteiro por Minas Gerais com uma parada cheia de significado.
Visitar o Museu do Automóvel da Estrada Real é reviver o passado, celebrar a engenhosidade humana e se permitir um momento de pausa, contemplação e encantamento. É uma experiência que agrada famílias, casais, grupos de amigos e viajantes solo. Um passeio que desperta sorrisos, resgata memórias e planta novas histórias.Por tudo isso, fica aqui o nosso convite: inclua Bichinho e o Museu do Automóvel da Estrada Real no seu próximo roteiro de viagem. Permita-se viver um dia diferente, onde cultura, história, natureza e acolhimento mineiro se unem para criar lembranças inesquecíveis. E quem sabe, depois dessa visita, você descubra que o passado ainda tem muito a ensinar — e encantar — no presente.